A CAVALINHA
A Cavalinha é uma planta herbácea e a sua origem é ainda hoje desconhecida e remonta à cerca de 300 milhões de anos, durante o “Período Carbonífero”, disseminada pelo mundo inteiro, pois adapta-se a quase todos os tipos de clima, tem dois tipos de caules distintos, ambos ocos, um curto e fértil e o outro mais comprido e estéril, sendo os estéreis que são usados para fins medicinais.
A Cavalinha deve ser colhida nos finais do Verão e apenas os caules estéreis, que são os mais compridos e verdes. Devem de seguida ser colocados a secar ao ar livre, em zona não exposta ao sol e com bom arejamento ou ventilação, pode também ser seca em estufas de secagem apropriadas a uma temperatura que não deve exceder os 35º centígrados.
Conservar em local fresco e seco, depois de devidamente picada grosseiramente.
A cavalinha adapta-se relativamente bem a quase todo o tipo de climas, desde que haja umidade suficiente, pois é uma planta que gosta de muita água, sendo as margens dos rios ou terrenos semi-alagados o seu local de eleição. Também se adapta a todo o tipo de solos, mas prefere os arenosos e ligeiramente ácidos ou neutros.
A sua propagação faz-se por meio de divisão de plantas ou simplesmente pode deixar que se espalhe naturalmente. O espaçamento entre plantas, deverá ser feito adaptado a forma que pretende efectuar a colheita.
A cavalinha, para emagrecer!
Equisetum arvense, Equisetum xylochaeton
Descrição : Da família das Equisetaceae, A cavalinha ou rabo-de-cavalo, rabo-de-raposa, rabo-de-cabra, rabo-de-rato, é uma planta da família das Equissetáceas, pertencente ao grande grupo das Criptógamas vasculares.
É uma erva sem flores, mas possui hastes, raízes e folhas. Muito comum nos terrenos úmidos e saibrosos. Entre as plantas nativas é uma das mais ricas em sílica, da qual as suas cinzas contêm até 90%. Contém igualmente sais de potássio. Segundo todos os autores a planta possui ação tríplice em fitoterapia: diurética, hemostática e remineralizante.
Recomenda-se também nos casos de incontinência urinária. Aconselha-se, neste caso, fazer uma decocção em partes iguais de rabo-de-cavalo e de hiperição (milfurada). Toda a planta contém propriedades ativas. Usa-se contra a transpiração dos pés, sob a forma de tintura, em banhos preparados com essa planta. Para estancar as hemorragias utiliza-se o vinho de cavalinha, que se obtém com a maceração prolongada de 15 ou 20g da planta em um litro de vinho branco, que se toma pela manhã, em jejum, na dose de copo comum.
Para uso externo o mesmo vinho serve como boa loção, e alguns autores falam do pó da planta, para vários usos, o qual se obtém secando ao forno as plantas recolhidas no início da primavera, reduzindo-a em seguida a pó, que se deve conservar em lugar seco, numa vasilha hermeticamente fechada. Este pó, na medida de 30 a 50g por quilograma de líquido, fervido em água, produz uma decocção, depois de meia hora de fervura, a qual, ao ser ministrada de duas em duas horas, na dose de 60 a 90g de cada vez, produz efeitos benéficos contra as diarreias, os escarros de sangue. Produz resultados também como diurético e emenagogo, se tomada em xícaras grandes pela manhã e à noite.
Partes utilizadas: astes e folhas.
Origem: América do Sul.
Colheita: colhem-se os caules estéreis.
Propriedades: É diurética e hemostática.
Indicações: É usada com frequência nos períodos de desintoxicação. Combate as rugas e estrias da pele, unhas frágeis, flacidez mamária, úlceras varicosas, abcessos, feridas infectadas, eczemas, conjuntivites.
Principios ativos: Glicosídios, sílica, saponina, equisetonina, equisitina, palustrina alcalóides, potásssio, ácido oxálico, málico e aconítico.
Toxicologia: É tóxica em grandes doses. Provoca fraqueza, ataxia, exaustão muscular e falta de apetite.
Efeitos colaterais: Doses excessivas podem provocar torpor, distensão abdominal, diarréia, hipotensão arterial, taquicardia, coma e até morte.
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